Você pode nunca ter ouvido falar num youtuber,
mas seu filho adolescente, com certeza, já assiste a um deles. Você pode não
saber que esses jovens que falam em vídeos sobre tudo e também sobre nada — de
feminismo, a pegadinha com torta na cara — chegam a ter 5 milhões de inscritos
num canal no YouTube, mas seu filho, acredite, deve ter ajudado a chegar a esta
marca.
Um jovem falante na frente de uma
câmera não é exatamente uma novidade no mundo virtual. Há mais de dez anos
existem vlogueiros, que criam seus vídeos especificamente para a internet e
publicam o material com regularidade. O que mudou no último ano foi a
fidelização do público. Formou-se uma base de fãs/seguidores fiéis. Com isso,
veio uma explosão no número de youtubers brasileiros de
sucesso.
— O raciocínio de seguir as pessoas no
YouTube não era tão comum por aqui. No passado, eventualmente alguém produzia
um vídeo e esse material alcançava um recorde de audiência, mas o cara não
tinha consistência para fazer aquilo com frequência — explica Igor Puga,
responsável pela área de interatividade da agência DM9DDB. — Houve uma
sofisticação, hoje eles conseguem montar uma programação, como a televisão.
Um
exemplo a atriz Kéfera Buchmann, com 22 anos já tem mais de 6 milhões de inscritos
em seu canal no YouTube, 5inco minutos. No canal ela faz vlogs, e fala sobre as
coisas do dia a dia, mas com muito humor. Kéfera tem o canal desde 2010 e fez
seu primeiro vídeo com 17anos. Na época estava acontecendo Copa do mundo, então
ela resolveu abordar esse assunto para seu vídeo, nele ela fala sobre vuvuzelas, e como as pessoas costumam usá-la
perto de você sem dar à mínima se você está ou não incomodado!
Hoje Kéfera está rodando o Brasil com
sua peça de teatro Deixa Eu Te Contar, a qual faz junto com sua amiga Bruna
Louise, e espalhando cada vez mais seu carisma, humor e amor pelos seus fãs,
mais conhecidos como kélovers. Ela também
já lançou um livro, o Muito Mais Que 5inco Minutos onde fala sobre
relacionamentos, o primeiro beijo, micos épicos e temas mais difíceis como o
bullying que sofreu na escola. Mas
claro falando sobre tudo isso com muito humor.
Fonte:
Bárbara Thereza Bernardes
O catarinense Lucas Feuerschütte, o
Luba, de 25 anos, é a personificação do que diz Puga. Dono dos canais LubaTV
(mais de um milhão de inscritos) e LubaTV Games (cerca de 230 mil seguidores),
ele agora publica vídeos todo santo dia nas duas páginas. Três vezes por semana
no canal principal, e quatro no de jogos. Seu vídeo mais famoso se chama “Você
é gay?”, feito em colaboração com outros dois youtubers de
sucesso. De novo, repete-se a mesma fórmula: os três, num apartamento comum, de
frente para uma câmera num tripé, fazem uma brincadeira. Precisam responder a
uma série de perguntas que podem determinar se são, ou não, homossexuais. Desta
vez, no entanto, a comoção gerada pelo vídeo resultou numa situação inesperada:
Luba, de fato, acabou se assumindo gay para os fãs.
— Recebemos manifestações
preconceituosas. Gente que dizia nos comentários: “Nossa, vocês são gays, não
quero mais seguir este canal.’’ Porque a gente fazia um monte de brincadeira no
vídeo, sem nenhum preconceito. Eu fiquei nervoso com aquilo, todos achamos
horrível, e resolvi que era hora de fazer um vídeo me assumindo de verdade. Foi
a primeira vez que vi necessidade de fazer isso. E fiz — explica Luba, que
agora recebe milhares de e-mails de adolescentes que não sabem como contar aos
pais sobre sua opção sexual. A proximidade com o público parece ser o grande trunfo.
— As marcas vêm percebendo que estamos
muito perto da audiência. Um exemplo: eu estive, a convite da Pepsi, no Planeta
Atlântida (festival de música) este ano. Quando cheguei lá, ninguém da
organização sabia muito bem quem eu era. Até que um monte de adolescentes
começou a pedir para tirar foto comigo. Rolou uma comoção. E olha que tinha o
Fiuk do meu lado — ri Luba.
A fama desses youtubers vem
sendo alcançada, dizem alguns, no vácuo deixado pela TV aberta.
— Os canais abertos praticamente
acabaram com o conteúdo infantojuvenil. O jovem então vê no YouTube seu
refúgio, e nós trabalhamos duro para cativar essas pessoas que moldarão o
futuro do entretenimento — afirma Felipe Neto, um dos precursores dessa onda de
ícones teen do mundo virtual brasileiro.
Quando Felipe fala “nós”, ele está se
referindo à Paramaker, uma rede que representa mais de 5 mil canais do YouTube
no Brasil e movimenta mais de 600 milhões de visualizações mensais, da qual ele
é CEO. Entre os serviços que oferecem para os youtubers estão
central de relacionamento, consultoria de conteúdo, biblioteca de músicas,
divulgação e venda de publicidade. É a profissionalização máxima desse time.
Segue aqui a lista dos 10 canais do
YouTube brasileiro de acordo com seus números de inscritos:
1º- Porta dos fundos (esquetes) quase
11 milhões de inscritos.
2º- Parafernalha (esquetes) quase 7
milhões e meio de inscritos.
3º- Galo Frito (esquetes, paródias,
etc.) mais de 7 milhões.
4º- 5inco minutos (vlogs) quase 6
milhões e meio de inscritos.
5º- Canal Nostalgia (vlogs) quase 5 milhões de inscritos.
6º- Não
faz sentido- Felipe Neto (vlogs) mais de 4 milhões e meio de inscritos.
7º- Venom
Extreme (gameplays) 4 milhões e meio de inscritos.
8º- Whindersson
Nunes (vlogs) 4 milhões e meio de inscritos.
9º-
Manual do Mundo (experiências, pegadinhas, etc.) quase 4 milhões e meio de
inscritos.
10º- Rezende
Evil (gameplays) quase 4 milhões e meio de inscritos.
Aluna: Bárbara Thereza Bernardes 9 ano F
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