Desenvolveu-se entre o Paleolítico Superior e o Neolítico, onde aparecem as primeiras manifestações que podem ser consideradas como arte. No Paleolítico o homem, dedicado à caça e vivendo em cavernas, praticou a chamada arte rupestre. No Neolítico tornou-se sedentário e desenvolveu a agricultura, com sociedades cada vez mais complexas, onde a religião ganhou importância. São exemplos os monumentos megalíticos e um início de produção artesanal na forma de vasos de cerâmica e estatuetas
Pinturas rupestres na gruta de Lascaux
Vênus de Willendorf
Monumento megalítico de Stonehenge
Gravuras rupestres em Bohuslän
No Egito e na Mesopotâmia viveram as primeiras civilizações altamente estruturadas, e seus artistas/artesãos produziram obras complexas que já apresentam uma especialização profissional. A arte egípcia se caracterizou pelo caráter religioso e político, com destaque para a arquitetura, a pintura e a escultura. A escultura e a pintura mostram a figura humana em um estilo fortemente hierático e esquemático, devido à rigidez de seus cânones simbólicos e religiosos. A arte mesopotâmica se desenvolveu na área entre os rios Tigre e Eufrates, sendo testemunha de culturas diferentes, como os sumérios, acadianos, assírios e persas. Na arquitetura se incluem os zigurates, grandes templos piramidais em degraus, enquanto que na escultura predomina cenas religiosas, de caça e de guerra, com a presença de figuras humanas e animais reais ou mitológicos.
Templo egípcio em Filas
Relevo em ouro e esmaltes do tesouro de Tutancâmon
Um shedu assírio
Dama de Elche ibérica
A arte da Grécia Antiga marcou a evolução da arte ocidental. Depois de um começo em que salientaram as civilizações Minoica e Micênica, a arte grega se desenvolveu em três períodos: arcaico, clássico e helenístico. Na arquitetura se destacaram os templos, com suas três ordens: dórica, jônica e coríntia. Na escultura dominou a representação do corpo humano, atingindo uma síntese entre naturalismo e idealismo no período clássico, com destaque para a produção de Míron, Fídias, Policleto e Praxíteles. Com claros precedentes na arte etrusca e na arte grega, a arte romana alcançou quase todos os cantos da Europa, Norte de África e do Oriente Médio, estabelecendo as bases da arte ocidental. Grandes engenheiros e construtores, se destacaram na arquitetura civil desenvolvendo o arco e a cúpula, com a construção de estradas, pontes, aquedutos e obras urbanas, bem como os templos, palácios, teatros, anfiteatros, circos, banhos, arcos triunfais, etc. A escultura, inspirada na grega, é também centrada na figura humana, mas de forma mais realista. A pintura e o mosaico são conhecidos pelos vestígios encontrados em Pompeia e alguns outros lugares.
O templo grego doPartenon
O Doríforo de Policleto
O Panteão romano
Frontão de Talamon, etrusco
A
arte medieval, sendo uma derivação direta da arte romana, inicia com a arte paleocristã, após a oficialização do cristianismo como religião do Império Romano. Trabalharam as formas clássicas para
interpretar a nova doutrina religiosa. Porém, logo o estilo clássico se
pulverizou em uma multiplicidade de escolas regionais, com o aparecimento de
formas mais esquemáticas e simplificadas. Na arquitetura destacou-se como o
tipo basílica, enquanto que na escultura os sarcófagos assumiram papel destacado, bem como os
mosaicos e as pinturas das catacumbas. A etapa seguinte constituiu a chamada arte bizantina, incorporando influências orientais e gregas, e
tendo no ícone e nos mosaicos seus gêneros principais. A arte românica seguiu-lhe paralelamente, recebendo a
influência de povos bárbaros como os germânicos, celtas e godos. Foi o primeiro estilo de arte internacional
depois da queda do Império Romano. Eminentemente religiosa, a maioria da arte
românica visa a exaltação e difusão do cristianismo. A arquitetura enfatiza o
uso de abóbadas e arcos, começando a construção de grandes catedrais, que
continuará durante o gótico. A escultura se desenvolveu principalmente no
âmbito arquitetônico, com formas esquematizadas. A arte gótica se desenvolveu entre os séculos XII e XVI, sendo
um momento de florescimento econômico e cultural. A arquitetura foi
profundamente alterada a partir da introdução do arco ogival e do arcobotante, nascendo formas mais leves e mais dinâmicas,
que possibilitaram a construção de edifícios mais altos e com aberturas
maiores, tipificados na catedral gótica. A escultura continua principalmente
enquadrada na obra arquitetônica, mas começou a desenvolver-se de forma
autônoma, com formas mais realistas e elegantes inspirados pela natureza e, em
parte, numa recuperação de influências clássicas. Aparecem grandes retábulos
escultóricos e a pintura desenvolve técnicas inovadoras como o óleo e a
têmpera, criando-se obras de grande detalhamento.
Imagem do Bom Pastor na Catacumba de São Calisto
Mosaico bizantino na Basílica de São Vital de Ravena
Página do Livro de Kells da arte hiberno-saxónica, no período românico
Fachada principal da Catedral de Amiens, gótica
Arte na Idade Moderna (c. 1350-1850)
A Idade Moderna inicia no Renascimento, período de grande esplendor cultural na Europa. A religião deu lugar a uma concepção científica do homem e do universo, no sistema do humanismo. As novas descobertas geográficas levaram a civilização europeia a se expandir para todos os continentes, e através da invenção da imprensa a cultura se universalizou. Sua arte foi inspirada basicamente na arte clássica greco-romana e na observação científica da natureza. Entre seus expoentes estão Filippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante, Donatello, Leonardo da Vinci, Dante Alighieri, Petrarca, Rafael, Dürer,Palestrina e Lassus. Sua continuação produziu o Maneirismo, com a emergência de um maior individualismo e um senso de drama e extravagância, proliferando em inúmeras escolas regionais. Também foi importante nesta fase a disputa entre protestantes e católicos contra-reformistas, com repercussões na arte sacra. Shakespeare, Cervantes, Camões, Andrea Palladio, Parmigianino, Monteverdi, El Greco e Michelangelo são alguns de seus representantes mais notórios. No período barroco fortaleceram-se os Estados nacionais, dando origem ao absolutismo. Como reflexo disso a arte se torna suntuosa e grandiloquente, privilegiando os contrastes acentuados, o senso de drama e o movimento. Firmam-se grandes escolas em vários países, como na Itália, França, Espanha e Alemanha. São nomes fundamentais do período Góngora, Vieira, Molière, Donne, Bernini, Bach, Haendel, Lully, Pozzo, Borromini, Caravaggio, Rubens, Poussin, Lorrain, Rembrandt, Ribera, Zurbarán, Velázquez, entre uma multidão de outros. Sua sequência foi o Rococó, surgido a partir de meados do século XVIII, com formas mais leves e elegantes, privilegiando o decorativismo, a sofisticação aristocrática e a sensibilidade individual. Ao mesmo tempo se firmava uma corrente iluminista, pregando o primado da razão e um retorno à natureza. Foram importantes, por exemplo, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Carl Philipp Emanuel Bach, Jean-Antoine Houdon,Antoine Watteau, Jean-Honoré Fragonard, Joshua Reynolds e Thomas Gainsborough. No final do século emergem duas correntes opostas: o Romantismo e o Neoclassicismo, que dominarão até meados do século XIX, às vezes em sínteses ecléticas, como na obra de Goethe. O Romantismo enfatizava a experiência individual do artista, com obras arrebatadas, visionárias e dramáticas, enquanto que o Neoclassicismo recuperava o ideal equilibrado do classicismo e impunha uma função social moralizante e política para a arte. Na primeira corrente podem ser destacados Victor Hugo, Byron, Eugène Delacroix, Francisco de Goya,Frédéric Chopin, Ludwig van Beethoven, William Turner, Richard Wagner, William Blake, Albert Bierstadt e Caspar David Friedrich, e, na segunda, Jacques-Louis David, Mozart, Haydn e Antonio Canova.
A Escola de Atenas, de Rafael, renascentista
O Êxtase de Santa Teresa, de Bernini, barroco
Basílica de Ottobeuren, rococó
Abadia no Carvalhal, de Caspar David Friedrich, romântico
Perseu, de Canova, neoclássico
Entre meados do século XIX e o início do século XX se lançaram as bases da sociedade contemporânea, marcada no terreno político pelo fim do absolutismo e a instauração dos governos democráticos. No campo econômico, marcaram esta fase a Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo, que tiveram respostas nas doutrinas de esquerda como o marxismo, e nas lutas de classes. Na arte o que tipifica o período é a multiplicação de correntes grandemente diferenciadas. Até o fim do século XIX surgiram, por exemplo, o realismo, o impressionismo, o simbolismo e o pós-impressionismo. O século XX se caracterizou por uma forte ênfase no questionamento das antigas bases da arte, propondo-se a criar um novo paradigma de cultura e sociedade e derrubar tudo o que fosse tradição. Até meados do século as vanguardas foram enfeixadas no rótulo de modernistas, e desde então elas se sucedem cada vez com maior rapidez, chegando aos dias de hoje a um estado de total pulverização dos estilos e estéticas, que convivem, dialogam, se influenciam e se enfrentam mutuamente. Também surgiu uma tendência de solicitar a participação do público no processo de criação, e incorporar ao domínio artístico uma variedade de temas, estilos, práticas e tecnologias antes desconhecidas ou excluídas. Entre as inúmeras tendências do século XX podemos citar: art nouveau, fauvismo, pontilhismo, abstracionismo,expressionismo, realismo socialista, cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, funcionalismo, construtivismo, informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de ação (performance, happening, fluxus, instalação), pop art, videoarte, minimalismo, arte conceitual, fotorrealismo, land art, arte povera, body art, arte pós-moderna, transvanguarda, neoexpressionismo.
Paul Cézanne: As grandes banhistas, c. 1906, modernista
Wassily Kandinsky:Fuga, 1914, abstracionista
Dente e garfo, 1922, de Hans Arp, modernista
Salvador Dali A (Dali Atomicus), fotografia surrealista de Philippe Halsman, 1941
FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte
Aluno: Luiz Leite 9F
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